Brilhou no céu A estrela guia que faz renascer A esperança em cada amanhecer Do negro, seus filhos ancestrais Mãe África! Do solo sagrado Nos fez imortais Toda a força da raça Que se impôs ao capataz Quebrar correntes foi nosso dever Do povo preto que só fez sofrer Dos navios negreiros Que desembarcou nas favelas Continuamos nossa luta Em becos e vielas Somos a voz de Palmares Que se estende em nossos dias Onde nascem Mariguellas, onde nascem Abdias Uns lutaram contra a chibata Que cortavam a pele como abridor em lata Hoje lutamos contra a mordaça Que pra silenciar a voz do preto Atiram em nossos corpos como atiram em garrafas Mãe Africa!! Seus filhos não fogem da luta Diante do preconceito E do racismo que tanto machuca Mãe África!! Seus filhos não fogem da luta Somos a voz que não se cala Somos o brilho da noite em cada amanhecer Somos o seu ventre que faz florescer Em cada gota de sangue derramado Pelo abuso de poder Não vamos fugir a luta Não podemos morrer Nas mãos desses filhos das putas Continuamos na labuta Não vamos morrer nas mãos desses filhos da puta Eu vou dançar no Xirê, Bater cabeça a você (bis) Ao som do Ilê Aiyê. (...) Eu venho do gueto, dos meus ancestrais Sou a força da raça que se impôs ao capataz Da cruel tirania, do preconceito na cor Sou Axé, sou Palmares Contra todo opressor[outro][Instrumental Interlude][fadeout][end]

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