De tanto te amar ainda eu te amo E tem quem até em mim acredita Quando me perco no olhar cigano Que, profundamente, me fita. Tenta me desvendar E, talvez, acredita No verde azul daquele mar Onde meu corpo fica E me prendo, não sei explicar, Dentro das várias ilhas No Oceano do teu olhar Repleto de maravilhas. Num volteio, num devaneio Desaparece sua figura Entre luas de astros obesos Que eram suas esferas nuas Seus olhos de faróis acesos. Enquanto a columba livia volita Me perco em meus desesperos Buscando a íris bonita Os passos dos primeiros erros. De tanto te amar eu ainda te amo E deste amor ninguém duvida E neste amor eu me esparramo Queimando nas chamas da vida. [outro][Instrumental Interlude][fadeout][end]

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